Robô ajudará cientistas no aperfeiçoamento de implantes visuais


Cientistas esperam que a descoberta diminua o número de procedimentos desnecessários e, no futuro, ajude a promover uma maior independência das pessoas cegas. Cientistas da Califórnia desenvolveram um robô movido por controle remoto para ajudar a testar a efetividade das próteses visuais, como uma retina artificial, que são implantadas em deficientes visuais. Segundo o site Gizmag, a novidade tem o nome nada original de Cyclops e permite que os médicos vejam os resultados dos implantes sem a necessidade de testá-los nos pacientes. Esta é a primeira máquina que reproduz o visão dos cegos que recebem implantes, disse ao site CNET Wolfgang Fink, professor do California Institute of Technology, onde o projeto está sendo desenvolvido. O robô possui uma retina artificial feita com um chip de silicone repleto de eletrodos, que estimulam as células nervosas e os gânglios da retina, responsáveis por levar a informação visual para o cérebro. O dispositivo pode usar uma mini-câmera, interna ou externa, que captura as imagens, que são processadas e transferidas para o chip. Espera-se que a descoberta diminua o número de procedimentos desnecessários e, no futuro, ajude a promover uma maior independência das pessoas cegas. Por exemplo, com o uso do robô, quando os pesquisadores quiserem saber quão melhor é a resolução de uma prótese da retina com 50 pixels em comparação com uma de 16, eles podem testar ambas no Cyclops antes de usá-las nos pacientes. O Cyclops equipado com uma retina artificial de 50 pixels de resolução pode passar com segurança por uma sala com uma cadeira, sofá e uma mesa, e os cientistas esperam que o resultado seja o mesmo para deficientes visuais. O dispositivo possui uma câmera móvel, podendo reproduzir os movimentos da cabeça na horizontal e na vertical. O receptor da câmera roda em uma plataforma computadorizada, que processa a imagem em tempo real. O controle do robô pode ser feita via joystick ou via conexão de Internet wireless de qualquer lugar do mundo. “Nós temos os algoritmos de processamento de imagem rodando localmente, na plataforma do robô – mas nós queremos dar-lhe completo controle sobre suas reações”, planeja Fink. O desenvolvimento do Cyclops foi descrito em artigo para a revista Computer Methods and Programs in Biomedicine.

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